sexta-feira, 19 de maio de 2017

Nerd Apaixonado

Pseudo-Poema do Nerd apaixonado pra livrar vocês da abstinência dos meus textos
Eu li uma frase de um poema mó nada a ver num site que era mó nerdzinha assim, e aí eu decidi fazer esse.
Gente, ficou tão bonitinho, deixa esse mesmo pra vocês não ficarem sentindo falta.


Garota, eu nunca fui bom em fazer isso,
Então eu vou fazer do jeito que eu mais sei,
De um jeito racional,
Sobretudo passional,
Trazendo minha espera que um dia eu serei
Quem sabe de algum jeito,
Se eu fizer direito,
O cara que vai provar do teu feitiço.

Não tenho mais parábolas de segurança,
Que me guardem a minha trajetória
Retilínea, curvilínea,
Quando me aplicas a força giratória
Por vezes compulsória
Que me faz sair da minha linha
Uniforme, horária, harmônica.

Desse lapso sem derivação, numa entrega integral
Cacófana, por sinal,
Mas nunca saturnal
Que não me dou por esses excessos,
que não há pra mim absinto,
Senão saber que é por você
O Torpor que ora sinto
Sem poder equacionar, sem saber quantificar
As raízes tão complexas desse meu problema.

Mas parece que me falta energia
Pro pulo de agonia que vai causar nossa reação
Talvez explosiva
Talvez radioativa
Com produtos duvidosos e às vezes inesperados
Com cálculos disordenados,
Desequilibrados,
e com determinantes indeterminados
Por Chio, Laplace ou Vandermonde.

Porque acima de tudo, por trás dessas lentes
Que desdobram movimentos, infelxíveis,
Em componentes periplanares,
Aziplanares,
Ou aplanares,
Existe um olhar que, além do poligônica,
Enxerga com tato e admiração
Toda minúcia das suas curvas,
Que as rende de todo turvas
Por uma visão tão bela e orgânica

Mas não me refiro a água, carbono e Amônia
Quem dera assim fôssemos, na vida real,
Um punhado de aminoácidos hidratados
Apolares e globulosos,
Fluidos e helicosos,
Porque assim eu teria chance,
De, em meio a uma replicação
Ou talvez uma singela circulação
Detrás de uma matriz amorfa contemplar-lhe, de relance
Ou talvez – quanta pretensão –
Ligar-me ou algomerar-me
Por dentro de uma vil célula a nos fagocitar

Não, eu estou falando daquele frio na barriga
Que não há joules que me meçam
Nem balanças que me normalizem quando passa à minha mente
(ou à minha frente)
Rápida, sorrateirmante,
Às vezes inconsciente,
A imagem do seu rosto tão incógnito,
E do desvio-padrão de todas as minhas variáveis,
Que só por um milagre newtoniano
Ou talvez, bastasse ser freudiano,
Ou com logaritmo neuperiano,
Nosso gráfico seria crescente e nossa função, real.

E se, ainda assim, dois terços do meu corpo são água
Só de te ver passar já me cai á metade:
Fico babando,
Às vezes suando,
Esperando o dia em que eu vou criar coragem
Pra te declarar,
Sem balbuciar,

Que o que eu sinto por você supera a escala dos quilotons
Mais reativo que urânio enriquecido
É mais quente que uma supernova
Vale mais que provar a hipótese de riemann

Nunca vai decair em meias-vidas picominúsculas
Que é mais intenso que um fóton aquecido,
De um jeito que até Einstein reprova
É mais puro que prata hidrolisada e mais valioso que ouro maciço.

Mais alvo que luz solar,
E ainda assim, tão belo,
Tão belo,
Mas tão belo,
Que me fez capaz de escrever um poema pra você.

3 comentários:

Bruno Capelas disse...

Hahahahahahaha. Muito bom , muito bom mesmo. Só seria melhor se eu soubesse metade das coisas que você cita... (mas pelamor , determinantes de Chió foi dureza... :D)

Abração!
PS:Pizza pré-itatiba? UHUL!
Sábado eu não posso. ¬¬

Mel S. disse...

Eu gostei de algumas coisas e relações perdidas aí no meio. Mas eu acho que se vc tivesse direcionado um pouco mais pra alguma ciência específica e tivesse feito um pouco mais curto talvez ficaria totalmente de meu agrado. Mas valeu a experiência, tem potencial.

Beeeeijo Zóidin!

Bina disse...

Cara, tem sacadas muito legais, mais vc exagerou, teve nerdices que ficaram muito forçadas.Tente um nerd mais natural.
De qualquer forma, é bom ter vc de volta, gostei principalmente de:
"Que não há joules que me meçam
Nem balanças que me normalizem quando passa à minha mente"
Abraçãos eu zoide